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Suzano – Torres de branqueamento de celulose

Empresa protegeu as três maiores torres de branqueamento de celulose já construídas

Diante da enorme complexidade, alguns projetos acabaram entrando para a história da indústria brasileira de compósitos. O mais novo a fazer parte desse seleto grupo é o revestimento anticorrosivo de três torres de branqueamento de celulose da Suzano, construídas na planta de Mucuri (BA). Realizado pela TECNOLITA (Campinas, SP), o trabalho compreendeu a proteção com materiais compósitos de três torres de 70 m de altura por 7,2 m de diâmetro. “Incluindo as áreas de canaletas e poços de coleta da linha de fibras, o revestimento totalizou uma área de 6.000 m², com espessuras de 5 a 50 mm”, detalha Günther Reinprecht, diretor da TECNOLITA.
Além das dimensões colossais – segundo Reinprecht, até o momento não se tem notícia de maiores torres de branqueamento de celulose em todo o mundo – o trabalho da TECNOLITA destacou-se pela rapidez. “A obra foi concluída em tempo recorde: apenas 120 dias”, afirma. Quanto às matérias-primas aplicadas, o dirigente da TECNOLITA informa que foram consumidas mais de 600 toneladas de materiais anticorrosivos da linha ANCOLIT®, fabricada pela própria TECNOLITA, e de tijolos cerâmicos REFRALIT® CF, importados da Alemanha. “A baixíssima porosidade, menor que 0,5%, e a elevada porcentagem de dióxido de silício, superior a 70%, garantem aos tijolos cerâmicos ótima resistência contra os ataques químicos e térmicos, comuns ao processo de branqueamento. Sem contar que a  sua superfície mais lisa minimiza o atrito gerado pelo fluxo de celulose”, explica Reinprecht.

As resinas éster-vinílicas DERAKANE MOMENTUM* – fornecidas pela Ara Ashland – serviram de matérias-primas tanto do cimento anticorrosivo ANCOLIT® CA-VEA, usado no assentamento e rejuntamento dos tijolos, quanto das camadas protetoras reforçadas ANCOLIT® CR-VE (ambos produzidos pela TECNOLITA). “As condições extremas do ambiente exigiram a utilização de resinas de alta performance, caso da família DERAKANE*”, expõe Alexandre Jorge, executivo do departamento técnico da Ara Ashland.
Durante a aplicação dos revestimentos, Reinprecht ressalta que a TECNOLITA preocupou-se em monitorar as condições climáticas. “Tomamos algumas precauções para que a temperatura do ambiente e do substrato, bem como a umidade relativa do ar e o ponto de orvalho, fossem ideais para a polimerização da resina”, descreve.
A execução do revestimento das torres da Suzano ficou a cargo da Georgia Engenharia – com supervisão da TECNOLITA– enquanto a implantação do projeto foi de responsabilidade do grupo finlandês Andritz. “No lugar de utilizarmos os tradicionais andaimes tubulares, introduzimos o uso de plataformas e gôndolas motorizadas, otimizando o tempo necessário para a movimentação vertical”, conta Paulo Cabral, gerente técnico-comercial da TECNOLITA. Segundo Cabral, esse sistema agilizou todo o processo e permitiu que os aplicadores trabalhassem na posição ideal, ou seja, na altura correta para a aplicação dos materiais. “Para cumprirmos com o cronograma de um revestimento desse porte, recorremos a uma forma de trabalho mais rápida e, mesmo assim, mais segura”, observa.

Estrutura do revestimento da TECNOLITA

Fundada em 1992, a TECNOLITA é uma das principais empresas brasileiras do setor de revestimentos anticorrosivos. Segundo Reinprecht, o diferencial da companhia é a larga experiência do seu corpo técnico. “Assim como eu, outros profissionais que integram a nossa equipe trabalham com revestimentos anticorrosivos há mais de trinta anos. Juntos, realizamos muitos dos grandes projetos da indústria de celulose e papel no Brasil, acumulando histórias de sucesso como esta, da Suzano”, afirma. Mais recentemente, a TECNOLITA foi escolhida para revestir três torres similares em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul – unidade conhecida como “Projeto Horizonte”. “O trabalho será feito ainda este ano e contará com a mesma tecnologia avançada que utilizamos na Suzano”, completa Reinprecht.

(*) Registered Trademark of Ashland, Inc.
Fonte: SLEA Comunicação

Texto retirado de: http://www.araquimica.com.br/aranews/91/index.html

ELETROBRAS CGTEE

Companhia de Geração Térmica de Energia | candiota, rs | usina termelétrica presidente medici

Local: Candiota, RS

Objeto: Chaminé de Gases de Combustão ácidos

Produtos:

– 298.000 tijolos REFRALIT CR 114 M/F Circular

– 179.000 kg cimentos ANCOLIT CA-PS, CA-FU e camada protetora reforçada ANCOLIT CR-VEA

Total: 1.537.000 kg de materiais anticorrosivos

Sistema de compensadores
Inovação: Montagem de sistemas especiais com PTFE reforçado entre os segmentos de revestimento, compensando dilatações e evitando fuga de gases.

FIBRIA | Projeto Horizonte

1 – Aplicaçao da camada protetora; 2 – Assentamento peças “J”; 3 – Topo de torre, calha sendo revestida no solo com peças “J”, torres ao fundo

Revestimentos que combinam aplicações de plástico reforçado com cerâmicas especiais de baixa porosidade são o destaque da obra da TECNOLITA Industrial (Campinas, SP) no Projeto Horizonte, na Fibria Três Lagoas (Três Lagoas, MS).
Os revestimentos, utilizados nas três torres de branqueamento da fábrica, são a segunda maior aplicação no mundo desse tipo de produto.

Já em funcionamento, a nova fábrica para produção de celulose da Fibria Três Lagoas (Três Lagoas, MS), antiga VCP Três Lagoas, combina a utilização de revestimentos em composites com resina éster vinílica, reforçada com mantas de fibra de vidro, com a aplicação de placas cerâmicas em uma área total de 4,2 mil metros quadrados de revestimentos. É o segundo maior conjunto de torres de branqueamento do mundo – com 67 metros de altura, só perdendo para as torres da SPC (Mucuri, BA), de 70 metros, também protegidas pela TECNOLITA Industrial.

Processo

A fase de branqueamento da polpa de celulose ocorre em três torres de chapa calandrada de aço carbono com fundo cônico. Nessas torres, a massa de celulose é submetida à presença de peróxido de hidrogênio, ácido clorídrico e ácido sulfúrico, para, como o próprio nome diz, ser branqueada. A massa, bastante abrasiva, fica em movimento constante no interior das torres. Era necessário aplicar revestimento anticorrosivo interno na estrutura de aço e na calha superior, montada posteriormente.

Proteção contra corrosão

Para o revestimento anticorrosivo da estrutura, a Andritz (Curitiba, PR), empresa responsável pela instalação, subcontratou a empresa de revestimentos TECNOLITA Industrial (Campinas, SP), que utilizou revestimentos à base de resina éster-vinílica e mantas de fibra de vidro. Para a proteção contra a abrasão, foram escolhidas placas cerâmicas importadas de baixo teor de absorção de umidade. Essas placas foram instaladas manualmente, com diversas peças em pontos-chave especialmente moldadas, de forma a agüentarem a passagem da massa por vários anos.

Jateamento

Pela dimensão e complexidade, a aplicação dos revestimentos nas torres de 67 m de altura se fez por meio de uma estrutura interna motorizada. A primeira fase do trabalho de revestimento consistiu no jateamento abrasivo, para a preparação (tratamento) da superfície. O jateamento é feito tanto no concreto como no aço, e serve para remover impurezas e criar um adequado perfil de rugosidade do substrato para a ancoragem da primeira fase de primer, já em resina éster-vinílica. Esse primer leva em seguida diversas camadas de manta de fibra de vidro laminada com resina. Por fim, é feito o assentamento e rejuntamento das placas cerâmicas.

Placas e peças cerâmicas

Placas e peças cerâmicas extrudadas e com garras tipo “rabo-de-andorinha” na face inferior, as placas cerâmicas importadas destacam-se pela baixíssima porosidade, fator que minimiza o atrito gerado pelo fluxo de celulose. A criação de peças especiais e diferenciadas, produzidas de acordo com as características individuais de cada projeto, proporcionam o arremate final ao conjunto. Um exemplo é a saída para a calha, em que as peças cerâmicas possuem formato em “J”, para maior resistência e estanqueidade. Outro exemplo é o bordo de ataque do tanque, em sua parte cônica.